Tristão de Athayde considerava João Miguel o melhor dos quatro romances da primeira fase de Rachel de Queiroz. É o drama da prisão. Ainda é um romance profundamente rural, como O Quinze. Um crime e uma absolvição. E entre eles uma traição, uma traição de amor. Em João Miguel a autora se revela a grande mestra na arte de criar personagens vivas, um João Miguel a tomar consciência do seu crime, uma Salu, um seu Doca, uma Angélica. A obra se liberta da sua própria autora e vive por si.
